Zezé Di Camargo e Luciano confirmaram, no show do último final de semana em Livramento de Nossa Senhora, Bahia, porque têm milhões de fãs pelo Brasil a fora e formam uma das duplas sertanejas mais admiradas do país. No palco, mostraram porque são bons, em um espetáculo de apurada técnica, muitos recursos visuais, e a costumeira simpatia distribuída aos seus admiradores.
O público que se concentrou em frente ao palco correspondeu interagindo-se com os artistas e cantando com eles as suas tradicionais canções, como “É o amor”, “No dia em que sai de casa”, “Tapa na cara”, “Ainda ontem chorei de saudade”, “Telefone mudo”, “Coração está em pedaços” e “Sonhos de amor”.
Zezé de Camargo deu especial destaque à visita a Livramento, dizendo já conhecer a cidade, de nome, há muito tempo, pelas informações da sua assessora de comunicação, a livramentense Arleyde Caldi, a quem prestou uma homenagem em pleno palco. Homenagem esta muito mereceda.
Antes do show, a dupla atendeu a uma fila enorme de fãs para autógrafos e fotografias. Sem agenda específica para atendimento à imprensa, o rigoroso sistema de segurança dos artistas, evidentemente cumprindo seu papel, barrou o acesso de jornalistas aos camarins. Mas, graças ao empenho da equipe da produção, depois de uma hora de insistência, O Mandacaru conseguiu chegar à dupla, que concedeu a entrevista exclusiva.
ENTREVISTA:
(Por Márcia Oliveira, pelo O Mandacaru)
-O que ainda existe dos meninos da roça lá de Pirenópolis?
Luciano - Ah, existe muita coisa, né Zezé, não deixamos nossa essência, nós continuamos ... O sucesso veio, assim como a vida financeira mudou, mas a nossa essência, que é a nossa família, que é a base de tudo, continua, mas tem muita coisa ainda dos meninos, tudo, na verdade.
Zezé - Inclusive o tamanho, que a gente não cresceu, até hoje.
-O que vocês ainda têm, fora da música, como herança das raízes sertanejas?
Zezé – Acho que o hábito de viver, a maneira de viver. Apesar de termos aceso, hoje, às coisas mais sofisticadas do mundo, vamos dizer assim, que o dinheiro pode propiciar. Mas a essência, aquilo que a gente mais gosta, ainda está nas coisas que nós crescemos, no nosso meio onde nós vivemos, com certeza.
-Quanto de inspiração nas coisas do sertão há nas canções que vocês cantam?
Zezé – Tudo. A gente aprendeu a cantar em dueto, ouvindo as músicas sertanejas no rádio. Tudo, tudo.
-Ainda sentem gosto de ovo? (o filme mostra o pai forçando eles a comerem ovos crus para ficar forte e poder cantar).
Zezé - (Risos) Ainda tem, agora, frito! (risos)
-Para vocês, qual a diferença entre a música caipira e a sertaneja?
Luciano - Acho que não tem diferença. Na verdade, a música, ela mudou, vamos dizer assim que ela foi se modernizando e o nome também. Se você for olhar a música caipira, Tonico e Tinoco, essa turma, falava da maneira deles, mas falava de romantismo. Falava da fazenda, mas também com romantismo. Eu acho que a musica sertaneja sempre teve, assim, muito ligada à música romântica. Claro que mudou a forma de falar, de cantar. Mas ai acabou passando por sertanejo.
Zezé - E as histórias passaram a ser menos trágica.
Luciano – Antigamente, eles falavam muito de... de... “cozinhou a mamãe no gatinho”.
Zezé – Eram muito trágicas, hoje ficou mais leve, com certeza.
-Sertanejo universitário, qual a origem e o que significa isso?
Zezé – Estamos tentando entender até agora. (risos)
-Se vocês tivessem de escolher entre um CD de Luan Santana e um disco de Tonico e Tinoco, qual escolheria?
Zezé – O de Luan Santana, com certeza.
-Zezé, é verdade que a sua esposa Zilu penhorou a aliança para promover seu primeiro disco?
Zezé - Pra promover o disco, não. Pra comprar comida em casa.
-Por que o filme (“Dois Filhos de Francisco”) não mostrou isso?
Zezé – Ah, tinha muita coisa pra mostrar...
Luciano - Ia virar um dramalhão mexicano.
Zezé - Nós tivemos essa preocupação com o roteiro. Resumir a história de 40 anos em duas horas não é fácil. Então, alguns detalhes tiveram de ficar de fora.
-Vocês cantam o amor. Com essa experiência, cite cinco coisas que não podem faltar em um relacionamento afetivo.
Zezé - Num relacionamento entre homem e mulher? Cinco coisas? Sexo, sexo, sexo, sexo, sexo! Todos os dias da semana.
Luciano - E música, que é o que a gente vai fazer, agora, lá em cima do palco. (risos)
Rosely Rodrigues
Informações e fotos: http://mandacarudaserra.com.br/
O público que se concentrou em frente ao palco correspondeu interagindo-se com os artistas e cantando com eles as suas tradicionais canções, como “É o amor”, “No dia em que sai de casa”, “Tapa na cara”, “Ainda ontem chorei de saudade”, “Telefone mudo”, “Coração está em pedaços” e “Sonhos de amor”.
Zezé de Camargo deu especial destaque à visita a Livramento, dizendo já conhecer a cidade, de nome, há muito tempo, pelas informações da sua assessora de comunicação, a livramentense Arleyde Caldi, a quem prestou uma homenagem em pleno palco. Homenagem esta muito mereceda.
Antes do show, a dupla atendeu a uma fila enorme de fãs para autógrafos e fotografias. Sem agenda específica para atendimento à imprensa, o rigoroso sistema de segurança dos artistas, evidentemente cumprindo seu papel, barrou o acesso de jornalistas aos camarins. Mas, graças ao empenho da equipe da produção, depois de uma hora de insistência, O Mandacaru conseguiu chegar à dupla, que concedeu a entrevista exclusiva.
ENTREVISTA:
(Por Márcia Oliveira, pelo O Mandacaru)
-O que ainda existe dos meninos da roça lá de Pirenópolis?
Luciano - Ah, existe muita coisa, né Zezé, não deixamos nossa essência, nós continuamos ... O sucesso veio, assim como a vida financeira mudou, mas a nossa essência, que é a nossa família, que é a base de tudo, continua, mas tem muita coisa ainda dos meninos, tudo, na verdade.
Zezé - Inclusive o tamanho, que a gente não cresceu, até hoje.
-O que vocês ainda têm, fora da música, como herança das raízes sertanejas?
Zezé – Acho que o hábito de viver, a maneira de viver. Apesar de termos aceso, hoje, às coisas mais sofisticadas do mundo, vamos dizer assim, que o dinheiro pode propiciar. Mas a essência, aquilo que a gente mais gosta, ainda está nas coisas que nós crescemos, no nosso meio onde nós vivemos, com certeza.
-Quanto de inspiração nas coisas do sertão há nas canções que vocês cantam?
Zezé – Tudo. A gente aprendeu a cantar em dueto, ouvindo as músicas sertanejas no rádio. Tudo, tudo.
-Ainda sentem gosto de ovo? (o filme mostra o pai forçando eles a comerem ovos crus para ficar forte e poder cantar).
Zezé - (Risos) Ainda tem, agora, frito! (risos)
-Para vocês, qual a diferença entre a música caipira e a sertaneja?
Luciano - Acho que não tem diferença. Na verdade, a música, ela mudou, vamos dizer assim que ela foi se modernizando e o nome também. Se você for olhar a música caipira, Tonico e Tinoco, essa turma, falava da maneira deles, mas falava de romantismo. Falava da fazenda, mas também com romantismo. Eu acho que a musica sertaneja sempre teve, assim, muito ligada à música romântica. Claro que mudou a forma de falar, de cantar. Mas ai acabou passando por sertanejo.
Zezé - E as histórias passaram a ser menos trágica.
Luciano – Antigamente, eles falavam muito de... de... “cozinhou a mamãe no gatinho”.
Zezé – Eram muito trágicas, hoje ficou mais leve, com certeza.
-Sertanejo universitário, qual a origem e o que significa isso?
Zezé – Estamos tentando entender até agora. (risos)
-Se vocês tivessem de escolher entre um CD de Luan Santana e um disco de Tonico e Tinoco, qual escolheria?
Zezé – O de Luan Santana, com certeza.
-Zezé, é verdade que a sua esposa Zilu penhorou a aliança para promover seu primeiro disco?
Zezé - Pra promover o disco, não. Pra comprar comida em casa.
-Por que o filme (“Dois Filhos de Francisco”) não mostrou isso?
Zezé – Ah, tinha muita coisa pra mostrar...
Luciano - Ia virar um dramalhão mexicano.
Zezé - Nós tivemos essa preocupação com o roteiro. Resumir a história de 40 anos em duas horas não é fácil. Então, alguns detalhes tiveram de ficar de fora.
-Vocês cantam o amor. Com essa experiência, cite cinco coisas que não podem faltar em um relacionamento afetivo.
Zezé - Num relacionamento entre homem e mulher? Cinco coisas? Sexo, sexo, sexo, sexo, sexo! Todos os dias da semana.
Luciano - E música, que é o que a gente vai fazer, agora, lá em cima do palco. (risos)
Rosely Rodrigues
Informações e fotos: http://mandacarudaserra.com.br/