Com apoio do Itaú Brasil, Roberto Carlos recebeu a imprensa em São Paulo, na tarde de segunda-feira (23), para falar das comemorações dos seus 50 anos de carreira. As festividades começam com uma apresentação em sua cidade natal, Cachoeiro de Itapemirim, e como ele mesmo canta será uma festa de arromba, no dia 19 de abril (domingo) data em que Roberto completa 67 anos). Esse evento fará parte das 24 apresentações iniciais que percorrerão 20 cidades do país. Em seguida o 'rei' parte para Nova York, onde começa a turnê internacional.
Entre muitos assuntos que Roberto conversou com os jornalistas vale a pena ressaltar:
Entre muitos assuntos que Roberto conversou com os jornalistas vale a pena ressaltar:
"Nunca tive medo em relação ao meu futuro profissional. Eu sempre quis ser cantor e lutei para isso. Jamais passou pela minha cabeça ser médico, como minha mãe tanto queria. Um conselho que dou a quem está começando na carreira artística é exatamente isso: ser obstinado e lutar com todas as forças por um sonho”.
“Nesses 50 anos de carreira vivi momentos fantásticos e outros não tão bons. Mas, prefiro guardar na memória os felizes. Meu primeiro disco, o sucesso da Jovem Guarda e o Festival de San Remo (Itália) foram episódios muito intensos em minha vida”.
“Desde 2007, venho trabalhando arduamente no projeto de um disco inédito. O ano passado, com o dueto que fiz com o Caetano, acabei adiando. Mas, quero lançar esse CD ainda este ano. Já tenho algumas composições em parceria com o Erasmo Carlos e outras solo. Mas, com certeza, continuarei falando de amor. Busco sempre encontrar novas maneiras de falar sobre este assunto. O amor é o sentimento mais importante e que nos move”.
“O repertório dessa turnê ainda está sendo idealizado por toda a equipe. Nesta semana, começamos uma série de reuniões onde poderei opinar sobre tudo: repertório, participações especiais, luzes.Enfim, tudo”.
“Trabalho muito e observo atentamente tudo que acontece ao meu redor. Além disso, tenho um ponto positivo a meu favor: meu gosto é parecido com o gosto do povo”.
“Tenho alegria e agradecimento a tudo de bom que me aconteceu, nesse período. As pessoas me deram amor, respeito e me inspiraram não apenas nas minhas canções, como em minha vida. E Deus permitiu que tudo isso acontecesse”.
“A cidade de São Paulo representa muito na minha vida e carreira. Comecei no Rio, mas fui lançando nacionalmente pela Jovem Guarda, que era gravada aqui. Por isso, mantenho minha segunda casa aqui, onde venho quase toda semana”.
“Sou extremamente crítico. Ouço meus discos de início de carreira e dou muita risada. Às vezes, noto que exagerei em uma música, mas me lembro que era o jeito de cantar da época. Mas hoje, faria de outra forma. Eu e o Erasmo levávamos duas horas para compor uma música. Agora, nossas composições nos consomem de três dias a três semanas. Somos muitos mais detalhistas e exigentes”.
Quanto a biografia não autorizada Roberto comentou:
“Lutei para tirar do mercado a biografia não autorizada, por discordar dela em vários aspectos que já expliquei. Mas, quero conceder uma entrevista a um escritor, para que assine a minha história. E ele deve passar alguns meses pesquisando fatos históricos, falando com outras pessoas”.
O rei terminou a entrevista sob caloroso aplauso da imprensa.
Fotos: Rosa Marcondes