O quarteirão da Haddock Lobo, entre a Lorena e a Tietê, teve um movimento diferente no início da noite de ontem (10). Isso porque os fãs de Luan Santana aguardavam o ídolo que compareceu ao badalado 'Paris 6' onde recebeu a imprensa para falar de seu novo DVD que será gravado a semana que vem,15,16,17 e 18/08, num estúdio cinematográfico, em Paulínia.
O cantor chegou em meio aos gritos da multidão que o aguardava, trajando blusão vermelho, camiseta branca, calça jeans e botas. O cabelo amarrado em dois lugares compunha o look do cantor.
Luan sentou-se frente aos jornalistas e foi bombardeado por flashes e perguntas. Confira a entrevista na íntegra.
Como será esse novo projeto?
Sempre gostei de fazer coisas diferentes. Estou sempre ligado nos fatos que acontecem no mundo e desta vez eu queria um tema para compor esse projeto. Sendo assim eu quis celebrar a mulher nesse DVD, que a principio seria apenas um vídeo. Esse projeto vai mostrar desde o momento em que eu tive essa ideia até a finalização do produto. Para isso, eu quis trazer somente cantoras mulheres para cantarem comigo e tudo tinha que se encaixar, desde o cenário, as músicas...
Como você chegou aos nomes de Sandy, Ana Carolina, Anitta, Ivete Sangalo, Marília Mendonça e Camila Queiroz?
Parti de um simples principio: com quem eu sempre quis cantar?
Sandy e Junior, sou fanzaço, sempre escutei desde criança, Ivete que eu sou amigaço e admiro muito, já cantamos juntos em outros projetos. Fui selecionando os nomes e quando cheguei ao sexto nome, um de cada estilo musical, eu disse...é isso ai! Quero fazer algo diferente.
E como é que nessa lista surgiu o nome da atriz Camila Queiroz, a Mafalda de "Êta Mundo Bom'?
Foi engraçado! Eu vi uma vez no snap dela, ela cantando a música dos Jogos Vorazes, um filme que eu tinha acabado de assistir e não tinha escutado a música fora do filme. Ela estava cantando muito bem e eu pensei...como essa menina canta! Mas ai, fiquei sabendo que ela estava dublando e olha que não dava para perceber, porque ela mexia a boca direitinho.
Aí a gravadora sugeriu que eu convidasse uma atriz. Na hora pensei nela e disse que ela cantava muito bem. Em seguida a encontrei no Projac e fui logo falando que havia gostado de ouvi-la cantando a música dos Jogos Vorazes. Rindo, ela me disse que estava dublando. Sugeri que ela cantasse comigo e na hora ainda pensei no Roberto Carlos que costuma cantar com atrizes. Ela se espantou e eu pedi que ela cantasse um pouquinho e não é que ela cantou afinadinho. Eu disse que estava achando que ia rolar uma parceria. Fomos para o estúdio e gravamos juntos uma música linda, que tem tudo a ver com a personagem dela na novela.
Apesar de ter sido um parto fazê-la-cantar, pois tinha vergonha e não queria soltar a voz de jeito nenhum, ficou bem legal. Vocês vão se surpreender com ela cantando.
Apesar de ter sido um parto fazê-la-cantar, pois tinha vergonha e não queria soltar a voz de jeito nenhum, ficou bem legal. Vocês vão se surpreender com ela cantando.
Por que esse projeto se chamará 1977?
Eu queria um nome enigmático, assim como a Bioncé chamou seu último trabalho de 'Limonada" porque luta contra o racismo. O meu, "1977", foi o ano em que a ONU criou o Dia Internacional da Mulher.
Ao lançar “Luan Santana Acústico, anos 50" você foi questionado quanto ao ápice da maturidade. E agora, o que você diz sobre isso?
Esta é a primeira vez que eu trago um assunto num projeto meu tentando de alguma forma contribuir com o mundo, valorizando as mulheres. Isso é quase que um dever de todo o artista e de todo mundo que está na mídia. Me sinto com maturidade bastante para assumir isso.
E falando em mulheres, qual a mais importante na sua vida e na sua carreira:
Com certeza a minha mãe. Ela sempre foi minha grande incentivadora, desde o começo. Sabe que ela canta? Em casa, quando estamos reunidos ela canta com meu pai e é muito afinada. Seria bem legal se ela também participasse do DVD, mas ela tem muita vergonha de cantar na frente dos outros.
E o cenário desse DVD? O que para lembrar mulheres?
É um cenário industrial, com vários ambientes, e vai mostrar a luta das mulheres no trabalho.
Sobre o repertório, o que você pode dizer?
Esse disco terá 11 músicas e só três não são minhas. canto cinco sozinho e seis com as participações. Posso dizer que esse disco é o que mais compus. Venho compondo há muito tempo e a medida que o tempo passa rola uma escolha natural.
Também estou compondo uma música de última hora que talvez entre no DVD, uma quizomba que é um género musical e de dança originário de Angola.
Você acredita que esse projeto vai ajudar ainda mais o sertanejo a sair do período padronizado onde as músicas estavam muito parecidas?
Na verdade, a música sertaneja se renova constantemente e assim que ela se renova surge uma galera que começa a fazer a mesma coisa. Eu acho que a gente ainda vive isso, sim, pois as coisas acabam ficando muito parecidas. Dessa vez, o desafio nosso é: ou tentar começar a fazer uma nova era ou pegar o que está 'rolando' e tentar introduzir coisas novas, colocar elementos novos...
Tem gente que gosta de fazer o que está rolando, mas eu não gosto muito disso. Acho legal quando alguém se arrisca e mostra pra gente uma nova forma de inovar. Eu penso assim. Me sinto muito responsável por isso e gosto de mostrar que existem outros caminhos sem sair daquilo que cantamos.
Tem gente que gosta de fazer o que está rolando, mas eu não gosto muito disso. Acho legal quando alguém se arrisca e mostra pra gente uma nova forma de inovar. Eu penso assim. Me sinto muito responsável por isso e gosto de mostrar que existem outros caminhos sem sair daquilo que cantamos.
Por que Marília Mendonça, que acabou de ser lançada, e não Paula Fernandes?
Eu não a conhecia pessoalmente, fiz um show em São Luís e ela estava ao lado do palco. Em determinado momento, eu a chamei para cantar comigo e rolou uma energia muito legal. Ela é uma cantora genial.
Tenho um carinho muito grande pela Paula. Ela está com um projeto em andamento para cantarmos uma música juntos, talvez seja por isso. Eu pensei: já que vai sair uma música ali, vou colocar outra pessoa. Num futuro projeto, com certeza, o nome dela estará, assim como o da Gadu, da Pitty...
E em relação â TV? Algum projeto em andamento?
Sim, vamos lançar esse DVD, que vai virar um especial no Multishow.
Quando será lançado esse DVD?
Antes de lança-lo vamos trabalhar uma música e depois soltar as outras aos poucos. Ele deve sair em novembro.
Como foi cantar com a Anitta?
O sertanejo misturado com o som da Anitta virou um pop. Foi muito legal e até divertido. O ponto que pegamos em comum foi mesmo o pop, que eu também já cantava em 'Chuva de arroz', com um astral bem gostoso pra pegar uma estrada. Me inspirei muito no Coldplay com a Bioncé em "Hymn for the Weekend".
E como é que a Ana Carolina chegou nesse repertório?
A melodia da Ana está em mim há muito tempo e foi uma surpresa quando a encontrei em um show e ela me chamou dizendo: Cara, vamos cantar alguma coisa juntos?
Incrível, pois eu já tinha pensado em cantar com ela. Acho a voz dela a mais espetacular do Brasil. Amo cantar suas músicas, seus acordes, quando estou em casa, uma melodia triste, mas gostosa de se ouvir, que dá no coração uma sensação ruim e boa ao mesmo tempo.
A Sandy é perfeccionista. Isso atrapalhou um pouco?
De jeito nenhum. Fizemos juntos o trabalho pelo telefone. Eu tocava, ela cantarolava e ia me dizendo para intensificar a batida, prender a levada, subir a nota... Eu também gosto de tudo muito bem feito e me considero um perfeccionista, assim com a Ana Carolina, também. Todos esses momentos estarão no DVD.
Todas as cantoras participaram efetivamente da construção das músicas?
Sim, todas elas, principalmente a Ana que foi para o estúdio comigo duas vezes. Ela quis compor a música do zero comigo e isso me foi uma honra. As outras cantoras opinaram bastante nas canções que cantaremos juntos.
Você acha que com essa diversidade de seguimentos musicais você vai atingir outros públicos? Você vai deixar de lado a música sertaneja?
E você estando junto de Anitta, Camila ..., não rolou nada entre vocês?
Não! A Camila eu só encontrei três vezes e ficamos amigos, A Anitta eu conheço há muito tempo e é minha amiga também.
Acabei de terminar com a Jade e agora não quero nada sério, estou aproveitando um pouco.
Como você vê o atual momento feminino na música sertaneja?
Os últimos estouros da música sertaneja são todos femininos e acho q não existia momento melhor pra chamar essa mulheres, de quem sou fã, para cantarem comigo.
Você não tem medo que digam que você pegou carona nesse sucesso das mulheres para fazer seu DVD?
De jeito nenhum, esse projeto de gravar com elas já estava na minha cabeça há muito tempo e no DVD as cantoras que chamei já fazem sucessos há muitos anos.
Carreira internacional a vista?
To caindo direto num conflito interno em relação a isso, porque quando a gente decide uma coisa de tamanha importância como é a carreira internacional, a gente tem que entrar de cabeça e é muito complicado, uma correria sem noção. Acredito que não vou dormir mais, respirar, comer, dormir em chão de avião...Eu sou assim , quando eu quero alguma coisa eu quero que ela realmente aconteça, eu tenho que estar muito decidido a levar minha música para fora. A América Latina, seria o primeiro passo. Caio em conflito direto e não sei ainda, pois acredito que tudo tem o seu momento. Vamos esperar.
Já escolheu seu visual para a gravação do DVD?
Posso adiantar que estou deixando o cabelo crescer, peguei uns modelos na internet e tenho a minha meta quando ao tamanho, mas não sei como o meu cabelo vai de comportar. A galera acha que prender com os elásticos é proposital, modismo, mas não é, prendo porque senão ele fica assim... gesticula o cantor sorrindo.
E para terminar?
Pra concluir posso dizer que essa foi uma experiência demais! Ouvi e aprendi novas melodias, novos jeitos de cantar...Com certeza aprendi muito e isso vai me ajudar muito daqui pra frente.
Com esse DVD homenageio todas as mulheres, incluindo minhas fãs.
No meio da entrevista, entre uma pergunta e outra, Luan foi até a janela cumprimentar os fãs que se amontoavam na porta do Paris 6.
Os jornalistas foram agraciados com um kit da Jequiti e saborearam a badalada sobremesa - Grand Gateau Luan Santana.
Vale a pena experimentar!
Rosely Rodrigues
A melodia da Ana está em mim há muito tempo e foi uma surpresa quando a encontrei em um show e ela me chamou dizendo: Cara, vamos cantar alguma coisa juntos?
Incrível, pois eu já tinha pensado em cantar com ela. Acho a voz dela a mais espetacular do Brasil. Amo cantar suas músicas, seus acordes, quando estou em casa, uma melodia triste, mas gostosa de se ouvir, que dá no coração uma sensação ruim e boa ao mesmo tempo.
A Sandy é perfeccionista. Isso atrapalhou um pouco?
De jeito nenhum. Fizemos juntos o trabalho pelo telefone. Eu tocava, ela cantarolava e ia me dizendo para intensificar a batida, prender a levada, subir a nota... Eu também gosto de tudo muito bem feito e me considero um perfeccionista, assim com a Ana Carolina, também. Todos esses momentos estarão no DVD.
Todas as cantoras participaram efetivamente da construção das músicas?
Sim, todas elas, principalmente a Ana que foi para o estúdio comigo duas vezes. Ela quis compor a música do zero comigo e isso me foi uma honra. As outras cantoras opinaram bastante nas canções que cantaremos juntos.
Você acha que com essa diversidade de seguimentos musicais você vai atingir outros públicos? Você vai deixar de lado a música sertaneja?
Não, deixar de lado não é bem a palavra, pois acima de tudo a gente faz música e foi proposital pegar uma cantora de cada estilo pra cantar comigo.
Atingir outros públicos, sim, acho super válido, pois trazer mais
gente pra ouvir sua música é muito legal.
E você estando junto de Anitta, Camila ..., não rolou nada entre vocês?
Não! A Camila eu só encontrei três vezes e ficamos amigos, A Anitta eu conheço há muito tempo e é minha amiga também.
Acabei de terminar com a Jade e agora não quero nada sério, estou aproveitando um pouco.
Como você vê o atual momento feminino na música sertaneja?
Os últimos estouros da música sertaneja são todos femininos e acho q não existia momento melhor pra chamar essa mulheres, de quem sou fã, para cantarem comigo.
Você não tem medo que digam que você pegou carona nesse sucesso das mulheres para fazer seu DVD?
De jeito nenhum, esse projeto de gravar com elas já estava na minha cabeça há muito tempo e no DVD as cantoras que chamei já fazem sucessos há muitos anos.
Carreira internacional a vista?
To caindo direto num conflito interno em relação a isso, porque quando a gente decide uma coisa de tamanha importância como é a carreira internacional, a gente tem que entrar de cabeça e é muito complicado, uma correria sem noção. Acredito que não vou dormir mais, respirar, comer, dormir em chão de avião...Eu sou assim , quando eu quero alguma coisa eu quero que ela realmente aconteça, eu tenho que estar muito decidido a levar minha música para fora. A América Latina, seria o primeiro passo. Caio em conflito direto e não sei ainda, pois acredito que tudo tem o seu momento. Vamos esperar.
Já escolheu seu visual para a gravação do DVD?
Posso adiantar que estou deixando o cabelo crescer, peguei uns modelos na internet e tenho a minha meta quando ao tamanho, mas não sei como o meu cabelo vai de comportar. A galera acha que prender com os elásticos é proposital, modismo, mas não é, prendo porque senão ele fica assim... gesticula o cantor sorrindo.
E para terminar?
Pra concluir posso dizer que essa foi uma experiência demais! Ouvi e aprendi novas melodias, novos jeitos de cantar...Com certeza aprendi muito e isso vai me ajudar muito daqui pra frente.
Com esse DVD homenageio todas as mulheres, incluindo minhas fãs.
No meio da entrevista, entre uma pergunta e outra, Luan foi até a janela cumprimentar os fãs que se amontoavam na porta do Paris 6.
Os jornalistas foram agraciados com um kit da Jequiti e saborearam a badalada sobremesa - Grand Gateau Luan Santana.
Vale a pena experimentar!
Rosely Rodrigues